Para a conversa de hoje é muito importante que você assista à palestra do TED da pesquisadora Amy Cuddy, ministrada em 2012. Intitulada: “Sua linguagem corporal molda quem você é” (em inglês: Your body language shapes who you are) Amy, afirma que “O modo como você conduz seu corpo – expressões faciais, posturas, respiração – afeta a forma como você pensa, se sente e se comporta.”
Vamos assistir?
Amy nos convida logo no início do vídeo, a fazermos uma auditoria do nosso corpo. Faça isso com você agora. Lembre-se, que se estamos falando de linguagem, mesmo que seja a corporal, estamos falando sobre comunicação e isso nos remete a interação. Então, repare em você e reflita: que tipo de comunicação o seu corpo está transmitindo para o outro? E para você mesmo?
De acordo com as pesquisas, a linguagem corporal afeta a maneira como os outros nos vêem, mas também pode mudar a maneira como nos vemos. Ela nos mostra como determinadas “poses de poder” — ficar numa postura confiante, mesmo quando não nos sentimos confiantes — pode afetar os níveis de testosterona e cortisol no cérebro, e pode até ter um impacto nas nossas chances de sucesso.
Machos alfa na hierarquia primata, assim como líderes poderosos e efetivos, apresentam o hormônio testosterona, relacionado à dominância, muito altos, enquanto o hormônio cortisol, atrelado ao estresse, em níveis consideravelmente mais baixos. Pesquisas do grupo de Amy mostraram que em (apenas) 2 minutos de posturas de “poder ou não poder”, os níveis dos hormônios de testosterona e cortisol, foram alterados.
É interessante notar, que os nossos pensamentos e sentimentos mudam os nossos corpos, mas também que os nossos corpos podem mudar os nossos pensamentos e sentimentos.
Agora vamos trazer isso para as nossas escolas: quais são as nossas posturas em sala de aula? E em reuniões com os pais ou com a gestão? E os nossos alunos: alguns expansivos até demais não é (rs), mas muitos estão cada vez mais prostrados. Aliás, o manejo constante nos celulares tem nos conduzido para esse tipo de postura. Quais serão os impactos de tudo isso? É possível ajudarmos os nossos alunos? E nos ajudar?
Há algo que eu já disse em outro artigo, mas repito aqui com as palavras de Amy “Não é o conteúdo da fala, é a presença que elas estão trazendo para a fala”. O acesso a esse conhecimento nos permite uma série de reflexões.
Diante de tudo isso, que tal seguirmos a dica (científica e experiencial) da pesquisadora: “Não finja até conseguir. Finja até se tornar. Façam o bastante até se tornarem aquilo e internalizarem”.
Abraços e até mais 🙂
“Espalhem a ciência porque ela é simples” – Amy Cuddy
3 Comentários. Deixe novo
Que bom que gostou Mari. Agradeço a leitura!
Abraços
Abraços!
Excelente post! Adorei!